quarta-feira, 11 de setembro de 2013

11 de Setembro: Uma tragédia imprevisível


Não costumo fazer reviews por aqui, visto que até agora, só fiz um, sobre a Morte de Jean DeWolff. Mas, com a tragédia do 11 de setembro fazendo 12 anos, resolvi resenhar como foi esse acontecimento na Marvel.

A história foi publicada em Amazing Spider-Man #36 (2ª Série), em dezembro de 2001 e ficou conhecida como "The Black Issue" ("A Edição Negra"). Foi escrita pelo Straczynski e desenhada por John Romita Jr.


Bom, a história inicia com o Homem-Aranha próximo às torres recém-caídas, uma cena muito bem retratada pelo Romitinha. Toda a narração é feita pelo aranha, com falas bastante comoventes e bem ligadas aos quadros. Algumas partes valem muito a pena ressaltar, como o fato de personagens como o Dr. Destino, Dr.Octopus e Magneto (ainda vilão na época), apesar de serem vilões, estavam ali lamentando o acontecimento, mostrando que até pessoas como eles  têm um lado humano.

Outra página marcante foi a do Capitão América fechando sua mão e o aranha não conseguindo imaginar o quão ruim é vivenciar algo assim duas vezes.
E a cena do garotinho que perde o pai também foi muito boa.





A história vai se encerrando com o aranha se perguntando como explicar aquilo para as crianças. Deveriam os adultos se desculparem por não darem a elas um mundo pacífico?

E os verdadeiros heróis naquele dia não foram os fantasiados e superpoderosos. Foram as pessoas comuns que fizeram de tudo para ajudar, que vão superar todas as tristezas e frustrações que tal acontecimento proporcionou e seguir em frente.

A única coisa que faltou foi o aranha se culpar por tudo, não?




A tragédia do 11 de setembro também influenciou na saga Guerra Civil, em 2006, onde a Lei de Registro de Super-Humanos foi aprovada. Isso dividiu a comunidade super-heroica: uns, com a liderança do Homem de Ferro, concordavam com a lei; e outros, liderados pelo Capitão América, eram contra. Inicialmente, o aranha ficou ao lado do Homem de Ferro, revelando sua identidade ao mundo. Mas depois, passou para o lado do Capitão América. A saga mostrou a necessidade do povo americano de se sentir protegido depois da tragédia, apoiando o governo no controle sobre tudo que pudesse ser uma ameaça.






Essa edição foi publicada aqui no Brasil em "Homem-Aranha Especial: Em Memória da Tragédia de 11 de Setembro", em setembro de 2002:


E em 2007, foi republicada na edição Fac-Símile de "Homem-Aranha: Grandes Desafios #6":



E confira a cena das torres que foi cortada do primeiro filme do Sam Raimi, de 2002:


Muitos leitores não gostam da fase do Straczynski em Amazing Spider-Man. Mas, particularmente, eu adoro. Até mesmo "Pecados Pretéritos", que a maioria odeia, eu consegui gostar um pouco (ênfase em "um pouco").

Toda a trajetória que ele traçou na vida do Peter, como sua carreira de professor, a relação com alguns alunos, a descoberta da identidade dele pela tia May em "A Conversa", todo o plot relacionado aos poderes totêmicos, a saga "O Outro", o início de sua carreira de vingador e consequências, os Tie-Ins de "Guerra Civil".
Os arcos dessa fase tiveram ótimas narrativas e o escritor, junto com os artistas John Romita Jr, Mike Deotado Jr e Ron Garney (em ordem de substituição), conseguiu deixar sua marca no título. Uma pena que tudo de bom que ele fez foi apagado depois de "Um Dia a Mais".

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